sexta-feira, 17 de abril de 2009

Processos de Inovação

A Inovação é entendida como compreendendo a renovação e o alargamento da gama de produtos e serviços e dos mercados associados; a criação de novos métodos de concepção, produção, aprovisionamento e distribuição; a introdução de alterações na gestão, na organização do trabalho, bem como nas qualificações dos trabalhadores, e abrange a inovação tecnológica, não tecnológica e organizacional.
Nesta compreensão de Inovação decidi incidir a abordagem do DR2 cujo tema é Processos de Inovação (Núcleo Gerador: Complexidade e Mudança) na organização de trabalho, de forma a facultar aos formandos uma compreensão histórica das modificações que os processos de trabalho foram sofrendo ao longo da evolução do tempo. Assim, facultei informação sobre os modelos de organização de trabalho que são paradigmáticos, tais como, o modelo de Taylor, Ford e Toyota.
Com este conhecimento, o próximo passo foi o de colocar um desafio prático que estimulasse a sua criatividade e, ao mesmo tempo, colocasse os formandos perante a exigência de uma organização de trabalho eficaz e produtiva. Propus aos formandos que se transformassem em gestores de uma empresa cuja actividade seria a produção de bonecos mas adicionei um conjunto de variáveis que tornasse o exercício apelativo sem o complicar em demasia. O objectivo final seria o de conseguir a produção de bonecos com o mínimo de custos associado alcançando um preço final que teria de ser competitivo no mercado garantindo a sustentabilidade da empresa e o investimento em novas tecnologias.
A proposta de trabalho foi a seguinte:
A empresa teria três máquinas, uma que fabricaria os membros (pernas/pés e braços/mãos), outra os troncos e a terceira seria responsável pela produção das cabeças. Para dificultar o exercício, a produção semanal de cada uma das máquinas seria diferenciada pois a máquina dos membros seria capaz de produzir 3200 peças, a dos troncos – 2880 peças e a das cabeças – 2400 peças. A encomenda semanal seria de 2880 bonecos. Acrescentei a estes dados um conjunto de despesas fixas que a empresa teria, tais como: cada trabalhador teria o vencimento de 400€ mensais; o trabalho ao Sábado teria de ser pago 15€ por hora; o trabalho suplementar durante a semana teria de ser pago a 10€ por hora; o vestuário dos bonecos teria de ser comprado e vestir integralmente um boneco ficaria por 1€; finalmente, o transporte dos bonecos para entrega seria de 200€ por 2300 bonecos.
Finalmente, os formandos teriam de apresentar no final da proposta de trabalho alguns dados que eram condição para avaliar a sua capacidade de organização de trabalho. Teriam de definir o perfil dos trabalhadores que desejavam contratar e teriam a liberdade de contratar o número de trabalhadores que considerassem necessários, contudo, teriam de especificar as funções de cada um deles. Os formandos-empresários distribuiriam o trabalho semanal para cada um dos trabalhadores para que, no conjunto, pudessem calcular as despesas mensais que teria com a sua empresa e propor um preço final do produto. Mas a exigência não ficava por aqui, pois teriam de definir a margem de lucro e a utilização que lhe daria, qual a remuneração é que atribuiriam a si mesmos, quais as tecnologias é que iriam utilizar, no futuro, para aumentar a sua produtividade e competitividade e, finalmente, que estratégias é que utilizariam para procurar novos mercados.
Podem ver os resultados desta proposta de trabalho nos blogues pessoais dos formandos cujos links estão no início deste blog.

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